Viverei realmente? Suspiro e deixo uma lágrima ceder. Questiono-me centenas de vezes, se não milhares sobre esta minha dúvida (…) Sou simplesmente quem quero, apenas uma vitima de mim mesma, mato-me se quero e vivo se quero! Somente necessito daquilo que desejo. Olho á minha volta, é tudo tão escuro... tão esquisito! Tento tocar em algo mas, não consigo, pareço de momento ser invisível e pareço trespassar todos os objectos que me rodeiam.
Querer fugir a tanta estranheza torna-se estranho (…) Trago um sorriso mentido, uma alegria fingida, um corpo bonito com uma alma apagada. Talvez vá desistir de mim, dos meus sonhos, até vou desistir das lágrimas, de sofrer! Vou tentar apenas ser alguém (…) Esse alguém vai-me representar neste vida de teatros constantes, sentimentos treinados e aprendidos, frases estudadas!
O meu “eu” está realmente (demasiado) desarranjado, desconjuntado.